terça-feira, 18 de outubro de 2016


Entrevista com Dr. José Régis Pimenta

Boa tarde, Dr. Régis. Você é natural de Alpinópolis, correto?

Isso mesmo, da Ventania.

Onde você cursou medicina?

Na faculdade de medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte. Ingressei no curso em 1969. Ao final do curso, entrei na residência médica  no Hospital das Clínicas da UFMG.

E quando você iniciou o trabalho em Passos?

Iniciei o trabalho em Passos em 6 de Janeiro de 1976, na Santa Casa e também no Hospital São José. Neste último, trabalhei por 3 anos apenas. Na Santa Casa continuo até hoje.

O interesse pela medicina surgiu como? Tradição de família?

Não. Foi por vontade própria mesmo. Desde adolescente eu já tinha interesse pela medicina. Sempre foi minha primeira opção. Já tinha isso na cabeça: “vou fazer medicina”.

E quanto à especialidade de ortopedia?

O interesse pela ortopedia surgiu quando eu já estava na faculdade de medicina. Nessa época, meu irmão caçula sofreu um acidente, quebrou o fêmur, e devido a isso fiquei para poder cuidar dele e isso já começou a me atrair. Foi me atraindo, me interessando até a formatura, e então fiz o concurso para residência em ortopedia.

Houve alguma dúvida no meio do caminho? Pensou em outra especialidade?

Não. Eu tinha certeza absoluta sobre a ortopedia.

Por que razão você acha a ortopedia especial?

A ortopedia é uma área da medicina com alto poder de resolução, o que significa que perde-se muito pouco paciente. Geralmente, com a boa ortopedia, conseguimos devolver o paciente para a sociedade em boas condições. Geralmente também em pouco tempo. É mais nítida a recuperação do paciente e isso é muito bonito. Você sente que realmente funciona e a confiança é muito grande.

Como você nota a evolução do atendimento médico em Passos?

Eu acho que a medicina evoluiu muito, e quanto à ortopedia, esta acompanhou a evolução a passos largos. A Santa Casa de Passos, por exemplo, cresceu de uma forma galopante. Os meios de diagnóstico disponíveis hoje são muito mais precisos do que quando eu comecei e isso ajuda muito no trabalho do ortopedista. E os meios terapêuticos, sem dúvida, são muito mais avançados. Acho que então a grande diferença entre as épocas mesmo seria o impulso tecnológico que se disponibilizou na cidade, que nos deu condição de crescer no trabalho. E claro, a cultura da educação continuada dos profissionais. O profissional estar sempre procurando cursos, congressos… Estar sempre atualizado. E passar isso pro paciente, claro.

Voltando um pouco na época da faculdade, existe alguma figura médica na qual você se espelhou?

Me espelhei muito no professor José Henrique da Mata Machado, no professor Gustavo Augusto de Mendonça e no professor Fernando Milton Cunha, que eram professores lá da faculdade. Principalmente estes três, porque foram pessoas que me estimularam e me ensinaram muito.

Voltando para Passos, qual é a história da Ortopimenta?

A semente da Ortopimenta surgiu quando meu filho Ciro voltou e começou a trabalhar comigo, o que foi a maior força que eu tive na minha vida profissional. Ele veio há uns cinco anos. Trabalhar com meu filho é a maior graça que Deus me deu. Ele continua sendo a maior força que tenho no trabalho hoje.

O que vocês acreditam diferenciar o atendimento na Ortopimenta?

Com certeza a qualidade do serviço. A atenção e educação que temos com os pacientes em primeiro lugar. O acompanhamento que fazemos dos casos dos pacientes, com muita proximidade e, principalmente, com honestidade e transparência. Nossa forma de trabalho sempre compartilhada é muito interessante também ao tentar sempre encontrar a melhor resolução para o paciente.

Quais são os casos de maior incidência na Ortopimenta?

Com certeza são os traumas, a traumatologia. São os traumas ortopédicos em primeiro lugar, mas as próteses também estão sendo muito utilizadas. E temos trabalhado constantemente com a ortopedia pediátrica.

Há alguma diferença relevante ao atender crianças?

A resolução é muito bonita. A criança tem os problemas resolvidos de forma muito superior à adulta. As crianças têm capacidade de recuperação muito maior do que os adultos, e muito mais rápido. Por exemplo, em deformidades congênitas, o que se faz pelas crianças é muito prazeroso e muito importante pra vida profissional do ortopedista, eu penso.

Algum plano para o futuro da Ortopimenta?

Eu e meu filho temos a intenção de construir uma clínica, onde possamos realizar mais processos e onde possam trabalhar outros colegas também. Já temos até o local para a construção, e num futuro próximo queremos construir o prédio pra comportar a Ortopimenta.